segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os Povos da Cuesta - primeiras pesquisas


Começamos as pesquisas de locação e busca de personagens do documentário Os Povos da Cuesta, que acaba de ser aprovado na lei do ICMS da Secretaria de Estado da Cultura e recebeu a conta do Banco do Brasil para captação de recursos.
Os Povos da Cuesta retoma as pesquisas realizadas pelo socióloco Antonio Candido entre 1947 e 1953 publicadas no livro Os Parceiros do Rio Bonito, sobre os caipiras que habitam 
o interior do Estado de São Paulo. Vamos entrar na fantástica e desconhecida região denominada Cuesta de Botucatu,para mostrar como vivem os caipiras, neocaipiras e hipercaipiras hoje.


    Três Pedras, monumento geológico da região                                     Seu Moises, Dona Neusa, Zebra e o cineasta 
                                                                                                                          Reinaldo Volpato, diretor do longa Estranhas 
                                                                                                                          Cotoveladas                                  
 
     Fazenda Boa Vista e
       o Gigante Adormecido (esquerda)                                             








O documentário pretende ser um registro vivo das estórias, habitação, comida, música e tradições do povo que mora na cuesta. Uma volta ao futuro para mostrar essa região fantástica e a rica cultura dessas comunidades. Na paisagem visual, a beleza da cuesta, com seus monumentos naturais, rios, cachoeiras, e o trabalho desses homens e mulheres, muito deles ainda mantendo os hábitos de cinquenta anos atrás.

Alguns dos personagens já foram contatados, como o vereador Zebra, da cidade de Bofete, profundo conhecedor da região, o casal Moisés e Neusa, donos da pousada e restaurante Cantina da Figueira, que fica aos pés do morro das Três Pedras, e seu filho neocaipira.

Já contatamos também o casal Fernando Correia e Eunice, que moram no topo do morro ao lado das Três Pedras, o Seu Vivan, dono do bar em Pardinho que dá vista panorâmica para as Três Pedras e o Gigante Adormecido. Seu Mané carreteiro, que declama versos com seus bois amestrados, o Batista, administrador da Fazenda Boa Vista, onde vamos, conhecer uma gruta com entrada e saída pelo morro, e onde o Queiinho, outro personagem, diz que existe um tesouro. Seu Gijo, que sabe tudo sobre os OVNIs que pousam na região; o Manezinho corueiro. o seu Joaquim de quase 100 anos com suas histórias curiosas.

E muitos outros personagens que vamos encontrar com as novas pesquisas.



     Vista das Três Pedras a partir da Cantina da Figueira, Seu Fernando e Dona Eunice, na foto ao lado da pesquisadora     
      Jana D'Avila e do produtor Fernando Pereira


O documentário centra os depoimentos e narrativas, desses personagens e procura nas entrevistas o contato natural com os depoentes, de forma a poder absorver e passar ao espectador informações importantes sobre a cultura dessas comunidades caipiras. A paisagem sonora vai centrar na música regional praticada pelos velhos compositores e músicos da tradição caipira, com atualização no entanto dessa corrente e a inclusão de trabalhos das novas gerações que veem dando sequencia a essa veia musical com suas pesquisas e fusões ritmicas.

Todos os depoimentos terão como cobertura e temas de passagens, além das ações naturais dos entrevistados (colheita, roçado, lida com animais, cozinha) a riqueza da flora e da fauna da cuesta, com imagens aéreas, imagens panorâmicas, detalhes e imagens macro de águas, plantas, flores, animais.

Um projeto com uma visão ecológica, portanto, que dá sustentação imagética a um amplo panorama cultural que mostre como é a vida, as relações e práticas culturais comuns dessas comunidades.


 
    Um vale na cuesta, foto dos caipiras do livro Os Parceiros do Rio Bonito (Antonio Cândido), 
    capelinha centenária da Fazenda Boa Vista e "escultura" de um dromedário, que fica no caminho de entrada
    da igreja de Santo Antonio, em Rubião Junior, e segundo dizem é resquício de uma civilização milenar da região.

O documentário Os Povos da Cuesta está aprovado na Secretaria de Estado da Cultura para obter recursos através de incentivo fiscal pela Lei do ICMS do Governo do Estado de São Paulo

Valor a ser captado: R$ 296.200,00
Conta captação:
Banco do Brasil, ag.:  4300-1
                           Cc.: 15.195-5
Realização
Ativa Cinema Digital
Co-Produção: Taus Produções Audiovisuais

Portfólio: http://lucena25.blogspot.com  
http://ativacinemadigital.blogspot.com

Contatos:
ativacinemadigital@gmail.com
Luiz Carlos Lucena – 11 9998-4597
Reinaldo Volpato – 14 3814-5934

sábado, 19 de maio de 2012

Os Povos da Cuesta (sinopse)




SinopseEntre 1947 e 1953, o sociólogo Antonio Candido realizou uma extensa pesquisa em toda a região de Bofete e municípios vizinhos, entrando no coração da cuesta de Botucatu para entender como viviam os caipiras na região. O Brasil entrava em um processo de industrialização, mas os descendentes dos “pés vermelhos” que chegaram com os bandeirantes e dominaram o interior paulista ainda mantinham os hábitos e costumes de seus pais e avós. Essas observações estão publicadas no livro Os Parceiros do Rio Bonito, a tese de doutorado que se transformou em referência mundial nos estudos do caipira paulista.
Aprovado pelo Programa de Ação Cultural PROAC-ICMS da Secretaria de Estado da Cultura, o documentário Os Povos da Cuesta vai retomar os estudos do prof. Antonio Candido para entender e mostrar como vivem esses caipiras e neocaipiras de hoje. Alguns ainda mantêm hábitos de seus ancestrais. Muitos já surfam nas ondas da comunicação global com seus celulares e dispositivos conectados a internet – nossos hipercaipiras.
O filme pretende, portanto, ser um registro vivo das populações que habitam essa região diferenciada, suas histórias, a comida, as habitações, as tradições e festas populares. Uma volta ao futuro para mostrar a beleza de uma região e a riqueza da cultura de um povo.

EstruturaO documentário terá como paisagem visual imagens da flora e fauna da cuesta, detalhes macro-geológicos, cachoeiras, animais e aves. O filme vai mostrar em uma breve retrospectiva a história da formação geológica da cuesta, desde quando a região virou um deserto durante o movimento que agitou a terra e separou os continentes da África e das Américas. A partir dessa abertura, realizada com recursos de computação gráfica e quadrinhos, centra sua narrativa na vida das populações tradicionais que ainda moram na cuesta e com menos destaque nos novos moradores que estão ocupando a região com fazendas, sítios e casas de veraneio. Colhe depoimentos dos moradores que vivem na região e faz uma ampla cobertura das comunidades, vilarejos e casas isoladas das principais cidades que integram o chamado Polo Cuesta: Analândia, Bofete, Pardinho, Rubião Junior, Areiópolis, Vitoriana, Conchas e Botucatu.

Direção/Produção
Os Povos da Cuesta vai ser dirigido pelo documentarista Luiz Carlos Lucena, que lançou ano passado seu último trabalho Os Manos de Alá, documentário sobre a presença e crescimento do islamismo nas periferias das grandes cidades, que foi indicado esse ano como referência para estudos do mundo árabe nas apostilas do 7º ano das escolas municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro. Lucena também é professor universitário nas disciplinas de audiovisual.
Os Povos da Cuesta integra um projeto mais amplo, e nasceu a partir da pesquisa de locações que foi realizada para a realização do longa metragem Estranhas Cotoveladas, do cineasta Reinaldo Volpato, que tem a cuesta também como cenário e deve ter filmagens realizadas esse ano. Complementa assim a história ficcionada do longa metragem, que também fala do nosso caipira do interior.
O documentário acaba de ser aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura para obter patrocínio através da lei de incentivo fiscal do ICMS – ou seja, empresas que pagam ICMS podem aplicar esse imposto como investimentos no filme.
Empresas interessadas em investir no projeto podem contatar as produtoras associadas que desenvolvem o projeto: Taus Produções Audiovisuais 14 – 3814-5934 ou
Ativa Cinema Digital, 11 2892-5598 - 9998-4597.